O Guday Talks de hoje é especial! Se você não vive em outro planeta, deve ter visto que a Manu foi campeã da categoria dela no Ironman 70.3 do Rio de Janeiro.

Por isso, hoje ela decidiu compartilhar aqui com você um pouquinho dos bastidores da prova e principais aprendizados. Boa leitura! 💓

O início de um sonho 🎯

Há alguns meses, decidi que queria uma vaga para o mundial de Ironman 70.3. No dia 17/10/2024, postei esse Reels, dizendo que ia pegar o 1º lugar na minha categoria.

“Eu vou conseguir. Esse é o objetivo. Tô indo pro 70.3 pra pegar o 1º lugar na minha categoria. Não tô indo só pra fazer nome.”

Foi isso que eu disse... e foi para isso que eu me preparei nos meses seguintes. Só em 2025, foram:

  • 49h de treinos de natação 🏊🏻‍♀️

  • 824h de treinos de bike 🚴🏼‍♀️

  • 84h de treinos de corrida 🏃🏼‍♀️

São 40 dias de treino. Foram meses intensos me preparando, investindo em equipamentos, gastando muito tempo nisso…

Comecei até a dormir mais. Na última semana, inclusive, estava dormindo mais de 8h por noite, pra descansar bem. Até que chegou a…

A noite anterior

Foi mágica. Eu costumo ter dificuldade de dormir antes de uma prova. Mas dessa vez foi diferente…

Estava com o Hernane, meu namorado, e ele colocou na minha cabeça que eu ia fazer muito melhor do que o meu treinador falou que eu ia fazer. Oramos juntos, e entregamos tudo nas mãos de Deus.

Isso me ajudou a dormir muito mais tranquila. 🛌

Naturalmente, eu tenho a cabeça muito forte pra provas, e amo fazê-las. Sempre consigo dar o melhor de mim, e sempre supero tanto a mim mesma quanto as pessoas ao meu redor.

Eu tenho metas ousadas e gosto muito de ser assim. E se não der, eu vou fazer até dar certo.

Mas essa noite anterior de preparo foi muito importante pra eu acreditar ainda mais em mim mesma, o que me ajudou a ir pra prova com a cabeça muito boa, no lugar, sabendo do meu potencial e confiante com o que eu ia fazer.

O dia da prova 🗓️

Chegou a hora de  brilhar . Confesso que estava nervosa, com o coração a 180bpm…

🏊🏻‍♀️ Pulei no mar e nadei o máximo que eu podia. De verdade, dei tudo de mim.

Aqui, já veio meu primeiro aprendizado da prova…

Eu vinha treinando uma natação 3:1 (respirando a cada 3 braçadas). Mas se eu fiz isso 3 vezes, foi muito. Na prática, foi tudo 2:1.

Ou seja, não vou mais treinar o que eu não faço. Em vez disso, faz muito mais sentido focar meus treinos no que eu realmente faço.

A natação foi reduzida de 1.900m para 1.000m porque o mar estava com ressaca.

A primeira transição 🔄

Saindo da natação, fui fazer a transição o mais rápido que eu conseguia.

  • Queria fazer em menos de 8 minutos, e consegui terminar em 7:16. Para o que eu estava mirando, foi boa.

Só tive um problema… Tinha uma poça de água enorme embaixo da minha bike, e tive que colocar as meias em cima dela.

Elas ficaram ensopadas. Fui correndo, de meia mesmo, para colocar a sapatilha lá embaixo.

Coloquei, subi na bike, e pensei… “preciso entregar um tempasso”.

Hora de pedalar 🚴🏼‍♀️

Enquanto pedalava, como estava fazendo muita força e sacrificando minha perna, decidi suplementar um pouco mais do que o combinado com minha nutri.

Mas, lá pro km 60 e pouco, aconteceu uma tragédia… Quando fui tomar meu carboidrato, a tampa do bebedouro abriu e voou tudo em mim, em uma descida do túnel.

  • Minha perna e a bicicleta ficaram todas meladas. Sabe quando a gente encosta no mel? Mesma sensação. 🍯

Quando encostava minha perna na bike, grudava. Isso me fez até perder um pouco do ritmo no final da prova. Sorte que já estava no final…

Mal via a hora de terminar de pedalar pra me limpar...

A segunda transição 🔄

Foi muito rápida. Larguei a bike, me limpei rapidamente e… prendi meu cabelo no capacete. Eu puxava, mas não saia. Nessa, me descabelei toda — mas não estava nem aí pra isso.

Perdi uns 20 segundos. É pouco, mas queria ter sido mais rápida. Coloquei o tênis no pé e, 1:43 após ter largado a bicicleta…

Saí correndo🏃🏼‍♀️‍➡️

A pedalada tinha sido muito, muito sofrida. Um nível de esforço absurdo. Fiquei até com medo da força na bike prejudicar minha corrida.

Só que eu estava muito motivada e, no 1º km, corri a um pace de 3 e pouco.

  • Pra aguentar até o final, nos km seguintes, busquei um pace entre 5:00/km e 5:05/km.

Mas teve um momento, lá pro km 7, que eu senti que eu conseguia dar uma apertada.

Até aí, eu estava um pouco alheia sobre a classificação da prova. Chegando no km 10, perguntei ao meu time em que colocação eu estava.

🥇 Foi quando me disseram que eu estava em 1º lugar, 1 minuto na frente da segunda colocada.

Aí, eu animei muito! 🤩

E comecei a pensar comigo mesma: Se consegui fazer isso nessa primeira metade da corrida, consigo manter até o final. É só eu me animar!

Nessa hora, comecei a mentalizar só coisas positivas. Reforçar que eu estava em 1º, no caminho certo. Era só manter.

Comecei a pensar em Nice 🇫🇷, no mundial.

Quando estou em uma prova, eu viro a chave de que preciso dar tudo de mim naquele momento. E foi isso que eu fiz.

Fiquei muito forte de cabeça, a todo momento, falando comigo mesma que eu conseguia mais.

A reta final 🛣️

Quando vi que só faltava 1km, comecei a chorar — e não consegui parar, até cruzar a chegada.

Na minha cabeça, eu só conseguia pensar…

“Eu consegui, consegui o meu objetivo inteiro! Fiz a prova e consegui o que eu queria desde o começo. Fiquei aqui, quase 5h, fazendo o que falei que ia fazer.”

Enquanto esse filme passava pela cabeça, vi o pessoal da minha assessoria. Bati na mão de todo mundo. Estava correndo toda desengonçada. Acabada. Tirando forças nem sei de onde.

Até que a linha de chegada… chegou 🏁

E cruzar ela foi uma sensação maravilhosa. Principalmente com o objetivo concluído e aquela sensação de “eu consegui”.

  • Mas o maior presente dessa prova é a superação de si própria. Porque é uma prova extremamente difícil.

E dói. Dói muito. Mas é muito gratificante. Foram meses de empenho e dedicação, acordando antes das 4 da manhã pra treinar… Eu to muito feliz, só tenho a agradecer. 🙏

Eu tenho uma cabeça muito boa pra prova

Eu levo muito a sério. Isso me fez nadar, pedalar e correr o mais forte que eu já fiz. Foram quase 5 horas. Minha cabeça estava muito firme e os resultados foram muito bons!

Em momento algum, pré-prova, eu achei que eu fosse não dar o meu melhor. Eu sabia que estava indo ali para dar o meu melhor. Mas eu realmente duvidei do resultado.

Só que o resultado não estava nas minhas mãos. Estava nas mãos do que acontecesse, de Deus. 🙏

Eu não tinha controle sobre o resultado — eu tinha controle sobre a minha prova. Então, eu queria fazer a melhor prova que eu pudesse.

E aí, isso refletiu em eu fazer a melhor natação 🏊🏻‍♀️ que eu poderia, a melhor bike 🚴🏼‍♀️ que eu poderia e a melhor corrida 🏃🏼‍♀️ que eu poderia. Foi uma prova maravilhosa!

Chegar até aqui não foi só treino

Teve vários dias em que eu quase desisti. Dias em que a minha cabeça quase venceu do meu corpo. 10 meses. E cada um deles me ensinou que o maio desafio nunca foi a prova, mas sim…

  • Por que eu faço o que eu faço?

  • Será que eu preciso me provar o tempo todo? Mostrar força? “Vencer”?

  • Controlar tudo, até aquilo que eu não tenho controle?

E o verdadeiro aprendizado — e a resposta para essas perguntas — vem no processo.

No dia seguinte…

Eu nunca acordei tão quebrada na minha vida. Pernas, braços, ombros, coxas, panturrilhas… tudo doendo. 😂

Mas também acordei com a famosa DPP — Depressão Pós-Prova. Não é bem uma “depressão"… é uma sensação confusa, de what's next? 🇫🇷

Faz o seu melhor, com o que você tem — sem olhar pros lados.

Eu fiz uma prova muito minha. Não estava olhando pros lados.

Eu estava, realmente, querendo dar o meu melhor.

  • E com isso, saiu o resultado que eu tanto queria desde o começo, mas sem a pressão do resultado.

O aprendizado que eu tiro disso é…

Dê o seu melhor. Ainda que o resultado não venha, você deu o seu melhor.

Tinha gente com equipamentos melhores que os meus. Outros, inferiores. Mas isso não importa.

O segredo está em fazer o melhor com o que você tem. Sem olhar para os lados. Ou melhor, sabendo quando olhar para os lados…

  • A maioria das pessoas, quando olha que a grama do vizinho é mais verde, fica triste — e não motivada.

Quando eu saí pra correr, eu estava em 2º lugar. Mas nem sabia disso. No km 10, quando decidi “olhar para o lado” e perguntar em que lugar eu estava, já estava em 1º.

Talvez, se eu tivesse olhado para o lado no começo da corrida, isso teria me desesperado.

Mas, por ter olhado na hora certa, me deu o gás que faltava para eu concluir a prova.

Não há nada mais forte que estar rodeada de pessoas que te jogam para cima. Isso faz toda a diferença, e sem essas pessoas, nada disso seria possível.

Por isso, gostaria de agradecer algumas pessoas essenciais nessa jornada, do fundo do meu coração…

  • Hernane, meu namorado, que acreditou em mim mais que qualquer outra pessoal;

  • Meus pais e meus irmãos, que estiveram comigo em todos os momentos;

  • Sophia Orichio, minha assessora pessoal;

  • Marcão, o melhor treinador que eu poderia ter;

  • Bruno, que me permitiu transformar a bike na minha maior fortaleza;

  • Todos da minha assessoria, que me treinaram, incentivaram e sempre mostraram que eu podia mais;

  • Patrocinadores (Plant Power, BTG Pactual, DUX Human Health, Moriah Asset, Guday, Swift Bicycles), que me apoiaram com os melhores produtos;

  • Vocês, que me acompanham nas redes sociais e me dão forças diariamente 💜

O plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória 🌱

Estou classificada para o IRONMAN 70.3 World Championship 2026, que acontecerá em Nice, França, nos dias 12 e 13 de setembro de 2026.

Nos vemos lá 👋 🇫🇷

🥇 💪 Foram 10 meses de preparação pra viver esse dia. Cada treino, cada ajuste, cada madrugada acordando cedo… tudo pra chegar aqui. Esse vídeo mostra os bastidores do dia da prova.

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